A regularidade dos ciclos menstruais é uma das principais características do organismo feminino que assegura que a mulher está saudável, com seus hormônios funcionando normalmente. Quando os ciclos menstruais acontecem irregularmente, é sempre necessária a investigação médica.
Antes de falar de menstruação irregular, é preciso saber o que é menstruação. A menstruação nada mais é que a descamação das paredes internas do útero quando não há fecundação do óvulo. Faz parte do ciclo reprodutivo da mulher e tem início na adolescência. Atualmente, a primeira menstruação, chamada de menarca, costuma ocorrer entre 9 a 13 anos. Um ciclo menstrual considerado normal tem, em média, 28 dias com duração de três a sete dias. O fluxo menstrual é formado por sangue e tecido uterino.
Nos dois primeiros anos após a menarca é comum apresentar alguma irregularidade. E claro, a interrupção da menstruação é normal quando ocorre a gravidez e a menopausa, última menstruação da mulher, encerrando o seu ciclo reprodutivo. A menopausa costuma ocorrer entre 45 a 55 anos.
Fora essas situações, a menstruação irregular genericamente é chamada de sangramento uterino anormal (SUA), termo usado para descrever as variações da normalidade do sangramento menstrual em termos de frequência, regularidade, duração e volume. Pode ter causas estruturais como pólipos, adenomiose, leiomioma, lesões malignas e hiperplasia. E pode ter causas não estruturais como coagulopatias, disfunção ovulatórias como a Síndrome dos ovários policísticos (SOP), endometrial, iatrogênica ou ainda não classificadas.
Principais causas de alterações menstruais:
- Alterações hormonais;
- Amamentação;
- Atividade física intensa;
- Distúrbios hormonais (hipertireoidismo/hipotireoidismo);
- Endometriose;
- Espessamento do endométrio;
- Estresse;
- Miomas uterinos;
- Neoplasias malignas (do colo, endométrio ou dos ovários);
- Perda ou ganho de peso em excesso;
- Pólipos no colo ou endométrio;
- Processos inflamatórios (salpingites, cervicites, endometrites).
- Síndrome dos Ovários Policísticos;
- Transtornos alimentares (anorexia ou bulimia);
- Troca de pílula anticoncepcional ou uso de certos medicamentos;
- Tumores funcionais dos ovários;
- Uso de dispositivo intrauterino (DIU);
TRATAMENTO – O objetivo do tratamento é diminuir as repercussões do sangramento uterino anormal, por meio da redução da perda de sangue menstrual e melhora da qualidade de vida da paciente. O primeiro passo, é procurar um médico (a) ginecologista que irá identificar a causa e, posteriormente, o melhor tratamento, que pode variar desde orientações de mudanças no estilo de vida, terapia hormonal ou cirurgia.